Alergias
Eu, como milhares de portugueses, padeço de Rinite alérgica (renite como dizem os mais idosos, que soa a uma doença de rins, mas pronto). Digo padeço, porque normalmente, esta doença acaba por ser mais incomodativa que dramática.
Não fosse estarmos em plena quarentena. Aí assume toda uma nova dimensão. Senão vejamos:
Espirro em público para o cotovelo, e ficam todas as (três) pessoas em meu redor com o olhar de "vais morrer", ao que eu respondo calmamente, "eh eh são alergias". Raramente acalma quem quer que seja.
Para quem não sabe, outra das características da rinite, é uma ligeira descarga nasal constante, o tão famoso "pingo no nariz", o que implica, ter mais pacotes de lenços em casa que rolos de papel higiénico.
Não obstante o constante pingo no nariz, este, vem invariavelmente acompanhado de comichão nos olhos e nariz. Imaginem ter piolhos, ou varicela, mas no nariz e nos olhos. Aquela necessidade permanente e sempre presente de coçar.
Tudo isto seria relativamente benigno, não fosse a actual crise do COV-Sars-2.
Não toquem a face, dizem as autoridades sanitárias, e com bom motivo. O vírus transmite-se muitas vezes por pele-mucosas. Digam isto a quem tem o comportamento entranhado, por anos e anos de crises alérgicas.
Agora, imaginem. A necessidade constante de se coçar. Na cara e onde precisamente? Nas mucosas!!! Isto implica que quando se saia, ocasionalmente para o abastecimento, se exibam comportamentos que seriam cómicos se não fossem trágicos.
Por muitos anti-histamínicos que tome, é habitual ver-me a: coçar o nariz com o ombro (não, não estou a limpar o muco nasal ao ombro, embora pareça), coçar mais vezes os olhos, com o pulso, que um aluno privado de sono com duas directas em cimas.
E depois a tragédia, o momento em que coçamos o nariz ou os olhos com as mãos, e nos assola o terror de estarmos a levar um pelotão de coronavírus direito às mucosas.
Alguém tem uma máscara de soldar que me empreste para quando for às compras?
(Agora a sério, por favor, tomem cuidado e as devidas precauções. E fiquem em casa!)
Não fosse estarmos em plena quarentena. Aí assume toda uma nova dimensão. Senão vejamos:
Espirro em público para o cotovelo, e ficam todas as (três) pessoas em meu redor com o olhar de "vais morrer", ao que eu respondo calmamente, "eh eh são alergias". Raramente acalma quem quer que seja.
Para quem não sabe, outra das características da rinite, é uma ligeira descarga nasal constante, o tão famoso "pingo no nariz", o que implica, ter mais pacotes de lenços em casa que rolos de papel higiénico.
Não obstante o constante pingo no nariz, este, vem invariavelmente acompanhado de comichão nos olhos e nariz. Imaginem ter piolhos, ou varicela, mas no nariz e nos olhos. Aquela necessidade permanente e sempre presente de coçar.
Tudo isto seria relativamente benigno, não fosse a actual crise do COV-Sars-2.
Não toquem a face, dizem as autoridades sanitárias, e com bom motivo. O vírus transmite-se muitas vezes por pele-mucosas. Digam isto a quem tem o comportamento entranhado, por anos e anos de crises alérgicas.
Agora, imaginem. A necessidade constante de se coçar. Na cara e onde precisamente? Nas mucosas!!! Isto implica que quando se saia, ocasionalmente para o abastecimento, se exibam comportamentos que seriam cómicos se não fossem trágicos.
Por muitos anti-histamínicos que tome, é habitual ver-me a: coçar o nariz com o ombro (não, não estou a limpar o muco nasal ao ombro, embora pareça), coçar mais vezes os olhos, com o pulso, que um aluno privado de sono com duas directas em cimas.
E depois a tragédia, o momento em que coçamos o nariz ou os olhos com as mãos, e nos assola o terror de estarmos a levar um pelotão de coronavírus direito às mucosas.
Alguém tem uma máscara de soldar que me empreste para quando for às compras?
(Agora a sério, por favor, tomem cuidado e as devidas precauções. E fiquem em casa!)
Dogwelder (DC Comics)
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